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Uma alma a ser desvendada, escondida dentre as entrelinhas!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Desencontros da alma

  Oi. Cadê você ? Pare de me passar medo! Pare de me afrontar! Pare de me deixar insegura! Pare de ser invisível e me influenciar de tal modo! Pare de querer tomar conta de mim! Pare! Estou cansada!
  Oi. O que queres comigo ? Já não aguento mais correr das tuas memórias.Já não suporto me debater com seus olhos me transmitindo indecisão. Já não sei se ainda me encontro lúcida nesse poço de ilusão!
  Oi. Estás vivo ou morto ? Me diga! Me mostre! Me explique! Nada mais está fazendo sentido!
  Mas... Será mesmo que é de merecimento seu que eu me incomode dessa forma, com algo que não sei nem mesmo o que é, se existe, o que quer ? Será que a lucidez de meus pensamentos, da minha alma, do meu viver, merece transparecer diante desse amontoado de ideias ?
  Independente de tudo, não sai da minha cabeça aquela voz sombria que  por mais que seja dia, faz a noite cair sobre meus olhos. A noite escura, fria, asquerosa, calada. Porém, deixo os fatos correrem. Nessa altura, sei que sou de carne osso, mas nem tudo por aqui parece ser. E realmente não é!
  Ainda me afronto com minhas ideias. Ainda me questiono frequentemente : Eu ainda vivo ?
  É estranho, sai fora de padrões, parece não ser real. Mas, talvez agora as coisas se encaixem, talvez o ecoar de minha satisfação quebre o gelo a partir desse momento. Estou voltando a ser eu mesma. O mundo voltou a girar. Tudo está normal. Ou não totalmente. Era bom demais, e até é verdade. A única diferença agora é que descobri o que era aquilo que se debatia contra mim todos os dias, que me confundia a cada pensamento.
  Aquela era minha alma repleta de espinhos, repleta de dores, de amores, ou melhor, falsos amores. Aquela era a vida cuja eu queria superar. Aquela sou eu. Sou eu. Aquela me prendia sempre quando percebia que eu ia me apaixonar. Aquela me prendia sempre quando eu estava a me descobrir. Mas chega ! Cheguei a minha decisão nada do passado vai fazer o meu presente. Nada! Nem mesmo você que habita por dentro de mim, dentro do que penso, do que sou!
  Me libertei! Vou viver ! Na sua ausência, transparecer, aquela que sempre fui mas que a insegurança e o medo tomavam conta, que você achava melhor esconder. E a respeito se você existe.. Caia a noite, seja ela repleta de estrelas ou não, você não existe. Não mais !

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