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Uma alma a ser desvendada, escondida dentre as entrelinhas!

sábado, 23 de julho de 2011

Adeus..

Se é meu pranto ? Não. Vai além. Envolve uma alma que nunca foi compreendida, e um coração que sempre esteve ferido. Envolve minhas dores mais profundas e um vazio que me consome. Envolve vidas em branco, a serem construídas, deixadas de lado.
Me diga... Es sou mesmo um erro ?
Não tenho vida própria e não tiram um segundo para buscar me entender.
Me diga... Será que me amam mesmo ?
Não parece mais ser espontâneo, parece ocupar um ar de obrigação.
Me diga...Trata-se da busca para o meu bem ou o dos outros?
Não querem admitir, mas sabem que podem estar errados, reconhecem o seu próprio egoísmo destrinchado e fútil que surge por aí. Reconhecem que dizem fazer tudo por amor. Mas e eu ? E o MEU amor ?
Contida por dentre decepções, busco desabafar comigo mesma. Agora, e quando alguns me viram as costas, são indiferentes para o que eu sinto, lado a lado com a tristeza, ela se torna íntima, e eu ... sou minha única e verdadeira amiga.
Dizem que o que é bom dura pouco. Mas não precisa ser assim, não comigo !
Queria poder ignorar o que meus ouvidos ecoam e minha memória sempre tende a lembrar. Aquelas palavras que eu não pensava, e nem queria ouvir em tal dom de desapego, tom de dúvida. Dúvida sobre quem eu sou.
Me lanço esta idagação quase todos os dias. Mas nunca acho definições cabíveis. Talvez eu não seja ninguém.
É normal ? Sou normal ? Ás vezes pareço uma máquina de decepções e contradições, tristezas e incertezas. Uma máquina pensante.
A propósito, o coração que achei que eu tivesse, digo que foi arrancado de mim, havia e há a necessidade de que eu não tenha sentimentos. Buscam me tornar fria, me afastar do que amo, com um coração de pedra, e agora, sem um coração.
Quem um dia me prometeu apoio, carinho, me trancou em uma luta eterna comigo mesma. Estou me deteriorando, me acabando, aos poucos deixando de existir.
Não sei bem ao certo, mas minha partida, talvez disperte sorrisos, uma sensação de alívio.
Deixada de lado por pensar demais, questionar demais. Eu sou intensa. Amo intensamente, e se sofro... Sofro intensamente. Pena que não sei se é qualidade ou defeito ser assim. Aliás, sou um poço de defeitos. Atacada por palavras, gestos, que nunca apontam uma qualidade.
Não entendo essa necessidade de permanecer aqui. Pode estar na hora de partir.
Tratada, considerada, conclusão e junção de todos os erros. Essa sou eu. Sou um erro, então.
Pavras agora, já não são o bastante para me aliviar. Com os olhos inchados por tanto chorar, queria alguém para poder abraçar. Me sinto tão sozinha, subestimada, fraca, medíocre. Queria alguém que olhasse em meus olhos e dissesse que me ama, mas não da boca pra fora.
Enfim, nunca vai haver um fim para essa trajetória obscura que me cerca.
Pode ser que falte-me coragem, mas o meu fim é a única solução. Tudo é válido, estou a procura da minha felicidade. E se um dia, cado estas forem minhas últimas palavras, a sensação de lamento por ter surgido no mundo, é minha principal aliada. Deixo aqui, meu fiel " adeus "  para tudo o que já fui. " Adeus " !
[...]
Fica na memória os rastros que me deixam. Não choro atoa. Não reclamo atoa. Tenho meus motivos. Sou uma ilusão, que parecem lamentar a existência. Desculpe-me então por estar aqui, mas saibam porém, que já não é por vontade própria.

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